Feliz quem como Ulisses fez tão bela viagem, Ou como o que buscou e conquistou o Tosão, E prenhe regressou, de ciência e de razão, A viver entre os seus o mais desta passagem. Ai quando reverei da minha aldeia a imagem, Seus lares fumegando, e qual será a estação Em que verei de novo essa pobre mansão Que para mim val mais que torre de menagem? Mais me praz de avós meus este solar tranquilo, Que de palácio em Roma o audacioso estilo. Mais do que o duro mármore uma ardósia fina, Mais o meu Loire gaulês que o Tibre tão latino, Mais o menor Liré que o Monte Palatino, E mais que o ar marinho a doçura angevina. Joachim Du Bellay, trad. Jorge de Sena