Como o Caeiro, sabes, digo adeus aos versos que se vão e aos que chegam, marcados desde dentro como teus como sons imperfeitos que se entregam a quem passe e repasse, e já não sabe se a conjunção de como que assim ligo é dele ou de quem é. Como se acabe, o dia em que te escrevo é que te sigo, e mais importa, e mais me livra inteiro do que não tu, a ti, minha mulher, meu caso e minha casa, meu bom cheiro a ti ou a mim mesmo, ao que vier deste completo inverno em que me abeiro da verdade que entenda quem puder. Pedro Tamen