Eu penso os sinais da perseverança, O sopro da submissão nunca te alcançou. Quem sabe se não respiramos Alternadamente o mesmo ar. Tu vês o mundo De um lado e eu do outro. A varanda era um espaço vazio junto às árvores, o tecto branco não conservou a humidade e o calor da tua respiração. O teu corpo faz sombras na parede, a tua existência afasta-se na direcção sem fim do espelho. Os nossos pontos de vista nunca se influenciaram. Se sabemos alguma de Milhaud é segredo. Na mesa a que te sentas para escrever há cabelos ainda da tua adolescência, desconhecida. João Camilo