Não é já de Natal esta poesia. E, se a teus pés deponho algo que encerra e não algo que cria, é porque em ti confio: como a terra, por sobre ti os anos passarão, a mesma serás sempre, e o coração, como esse interior da terra nunca visto, a primavera eterna de que existo, o reflorir de sempre, o dia a dia, o novo tempo e os outros que hão-de vir. Jorge de Sena