De um e outro lado do que sou, da luz e da obscuridade, do ouro e do pó, ouço pedirem-me que escolha; e deixe para trás a inquietação, a dor, um peso de não sei que ansiedade. Mas levo comigo tudo o que recuso. Sinto colar-se-me às costas um resto de noite; e não sei voltar-me para a frente, onde amanhece. Nuno Júdice