Não sei, amor, sequer, se te consinto ou se te inventas, brilhas, adormeces nas palavras sem carne em que te minto a verdade intemida em que me esqueces. Não sei, amor, se as lavas do vulcão nos lavam, veras, ou se trocam tintas dos olhos ao cabelo ou coração de tudo e de ti mesma. Não que sintas outra coisa de mais que nos feneça; mas só não sei, amor, se tu não sabes que sei de certo a malha que nos teça, o vento que nos leves ou nos traves, a mão que te nos dê ou te nos peça, o princípio de sol que nos acabes. Pedro Tamen