o ouro do imaginário teu
(gentileza de Amélia Pais)
Nos barcos, o ouro
do imaginário teu, a lascívia
das águas com o desejo
mais irrestrito dos peixes
e do que não é peixe
nem submersa pedra, mas outro tipo
de surpresa: a de lábios enormes
à espera do teu rumor
de viajante
cansada de terras, morta
por guerras do sem fim... ah
um seguro porto em teus traços
bravios é o que mais quero.
Darlan Cunha
Publicado em 27 de Maio de 2011