(gentileza de Amélia Pais) A paixão pela porcelana, Europa do século XIX. Serviços, elefantes e copos. O mundo é vasto e bom, Distinto, frágil, aristocrático. E há algo para além disto, O horizonte ergue-se transparente. A América é só uma costa. E a China um gato preto. Montesquieu continua a redigir As suas cartas sobre filósofos. Os eruditos usam perucas E as senhoras - flores. Os soberanos não são dementes E, no entanto, não são grandes inteligências. Nenhum fantasma persegue a Europa E o amor é fantasmagórico. Infelizmente os poetas são de salão, Felizmente os seus poemas não. E a liberdade, como um jarro, Está no centro do pensamento. A nova história começa Com fragmentos de porcelana. Enterrada em pequenos elefantes brancos Deixamos a idade da Razão para trás. Ivan krustev, versão de Luís Parrado