No esmalte azul-pálido, Que é possível em Abril, Erguiam ramos as bétulas E um tudo-nada anoiteciam. Na aguda, breve ramada, Na teia imóvel - filigrana, Como em pranto de porcelana, Rede com precisão traçada - No vidrado do firmamento O gentil pintor a urdisse, Na cônscia força do momento, No olvido da morte triste. Ossip Mandelstam, trad. Nina Guerra e Filipe Guerra