A liberdade é o meu clarim de guerra e eu sou, no meu viver amplo e sem véus, como os caminhos soltos pela terra, como os pássaros livres pelos céus. Ela é o sol dos caminhos ! Ela é o ar que os enche os pulmões, é o movimento, traz num corpo irrequieto como o mar uma alma errante e boêmia como o vento. Minha crença, meu Deus, minha bandeira, razão mesma de ser do meu destino, há de ser a palavra derradeira que há de aflorar-me aos lábios como um hino. Liberdade: Alavanca de montanhas! Aureolada de louros ou de espinhos há de cingir-me a fronte nas campanhas, há de ferir-me os pés pelos caminhos. Sinto-a viva em meu sangue palpitando seja utopia ou seja ideal, - que importa? Quero viver por esse ideal lutando, quero morrer se essa utopia é morta! J. G. de Araújo Jorge