Mudei de estação: o Outono ficou para trás e as minhas malas. Agora o céu é duvidoso, como uma mentira inábil. Na primeira taberna terei de esquecer A carta melancólica que me tirou o sono. Ocioso, arrasto-me pela rua, entre escritórios. As andorinhas partiram e as máquinas de escrever ficaram. No horizonte há uma grande trombeta de fumo. Foi há pouco inventado um avião tão pequeno como uma borboleta. Bravo! É um bom sinal. A primeira folha de Outono cai no meu chapéu. Rade Drainac, trad. José Alberto Oliveira