Lágrimas dos olhos, como centelhas de sílex, como uma palavra justa, arrancar para que serve? Nada há de especial. A palavra é como fogo, e o coração do homem não vive de soluços. Não é absolutamente isso que me atormenta. Mas levantarmo-nos de madrugada, à chegada do dia, e dizer a quem vai à frente: - Felicidade! – Dar-lhes uma canção, com toda a alegria, que proteja como uma autêntica armadura, das palavras que soam vãs e falsas. Queremos do homem não a centelha mas o fogo. Margarita Aliger, trad. Manuel de Seabra