Estas linhas quis que fossem as mais certas as luminosas e precisas as concretas E que se espuma deixassem que fosse apenas na dose exacta Mais que palavras estas linhas quis que fossem A intenção que há por trás das palavras Confesso até que quis destas linhas Que tivessem a subtileza o entusiasmo o sal o infantil descaramento Do oceano que se manifesta na areia no movimento das algas e das consciências Destas linhas fica e não é pouco A saudade de palavras que não estas que estas sou eu que as digo e nelas não cabem as vossas palavras e o que em vós há de sorriso silêncio sonho e luta Nem sempre grandes nem sempre pequenas nem sempre com tamanho ou sem tamanho Estas linhas deveriam ser como nós moinhos gigantes fadas ou duendes à conquista de todas as estações do ano e (com sorte) Do melhor que há em cada estação. Assim seja. Rui A.