A doce sombra dos cancioneiros em plena juventude encontro abrigo. Estou farto do tempo, e não consigo cantar solenemente os derradeiros versos de minha vida, que os primeiros foram cantados já, mas sem o antigo acento de pureza ou de perigo de eternos cantos, nunca passageiros. Sôbolos rios que cantando vão a lírica imortal do degredado que, estando em Babilônia, quer Sião, irei, levando uma mulher comigo, e serei, mergulhado no passado, cada vez mais moderno e mais antigo. Lêdo Ivo