onde se perderam aqueles cadernos a que teimosamente tornavas para escrever de novo e de novo as mesmas frases descalços pés apoiados na arcada da varanda o sol dando-te no rosto cadernos onde teimosamente ensaiaste alguns gestos um verão inteiro atrasando-te onde estão esses cadernos que não chegaste a rasgar e a costurar de novo onde com ténues fios brancos e estreitas agulhas apenas alinhavaste frases esses comprados em estações de autocarro furtivamente guardados em gavetas de armários com chave Tatiana Faia