O Intendente Sanshô, de Kenzo Mizoguchi
(gentileza de alguém que prefere não ser mencionado, e assim é e não é)
O Intendente Sanshô- 山椒大夫 Sanshō dayū,1954
Um abrigo de restolho, breve chama,
é tudo o que podemos.
Antes que da noite o lobo venha
devorar o que nos resta.
«sê severo, Tsushiô, contigo próprio,
e brando com os outros.»
Um pai é uma medida,
não oferece protecção;
a mãe uma raiz, leve prece,
muito longe;
sob as águas, a irmã,
um galho que se quebra.
De tão tardio mundo
pode um homem exilar-se?
José Miguel Silva
Publicado em 1 de Abril de 2012