O modus completou nove redondos anos há mais de uma semana, e nem dei por isso. Lembrava-me sempre, uns dias antes, primeiro sobretudo da sua circunstância inicial, depois da coisa em si. Com o passar do tempo, passei a lembrar a efeméride sobretudo pela coisa para mim, para nós, para os nós que são invisíveis mas por aqui vogam, e às vezes transparecem, afloram os textos tornando-os mais ricos, descobrem nas imagens cores e contornos até aí desapercebidos. Do prazer originário retirado da escrita pessoal, por vezes enraivecida, fui passando para a calmada partilha, a serenidade do olhar, a vontade de dar a ler/ver o que a maré dos dias vai trazendo, e logo levando sem grandes delongas. Nove anos, pois. Outro tempo, outra vida, outros (bem mais fortes) afetos. Mas com a palavra por perto, sempre.