Passo pelos dias E deixo-os negros Mais negros Do que a noute brumosa. Olho para as coisas E torno-as velhas Tão velhas A cair de carunchos. Só charcos imundos Atestam no solo As pegadas do meu pisar E fica sempre rubro vermelho Todo o rio por onde me lavo. E não poder fugir Não poder fugir nunca A este destino De dinamitar rochas Dentro do peito... Corsino António Fortes