digo o voo das aves essas veias levíssimas do espaço as suas sílabas subitamente sentadas em cadeiras voláteis digo essas delicadas naves que navegam por metáforas matemáticas as suas figuras de números tranquilos os seus modos de penetrar o espaço as suas danças de átomos os seus múltiplos resíduos em silenciosos halos de naufrágios digo as suas galáxias de luz e números Maria Azenha