de tudo fica um pouco às vezes mesmo fico eu e já lá vai o tempo em que ficava à espera de um café quente à espera de uma cara ou de um café universal de tudo fica um pouco às vezes mesmo fico mouco com o grito do meu canto com a história do meu pranto na glóriadum pardal de tudo fica um pouco às vezes mesmo fico eu mesmo às vezes quando não canto por esse papel branco que se chama o meu quintal de tudo fica um pouco às vezes mesmo fico eu. sou os gritos do meu pranto onde o mistério é todo meu! de tudo fica um pouco de tudo fica um pouco até do silêncio do canto onde o mistério se escondeu até dos meus anos ocos entre mil versos poucos onde o mistério sou eu. de tudo fica um pouco de tudo fico eu até dos meus sapatos routos entre dois versos loucos o meu corpo e o que é o outro e o que adiante será morto. de tudo fica um pouco de tudo fica um pouco até de dois filhos soltos roubados ao mistério que é só meu e que sou eu de tudo fica um pouco às vezes mesmo fica tanto de um casamento solto (um surdo e outro mouco) entre dez anos loucos, no dia do funeral de Deus e do meu porco! de tudo fica um pouco de tudo fico eu deste poema fica sobretudo o que eu não canto porque o mistério é todo meu! Maria Azenha