Pudesse Eu
(Para a Guida, grande amiga de venturas e desventuras)
Pudesse eu transformar
A rosa que exibes, em segredo,
No corpo marcado pela incerteza
Por outra tatuagem, também de flor,
De uma outra flor qualquer, a que mais
Gostasses, a que escolhesses,
E essa sim, exibisses , sorridente,
A um mundo que não te espera assim…
Pudesse eu dizer ao mundo
O valor do teu olhar crente, do teu
Sorriso de esperança e da tua
Humildade de mãe, amiga, mulher e
Pessoa que tudo ou nada espera
De um caminho ainda pleno por
Percorrer e de uma luz ainda pueril
Gémea no amor e na ternura
E no género dos seus 8 anos
E no difícil que é esse ficar em nada…
Pudesse eu dar-te ainda mais vida,
Aquela que está latente em forma de luz
e que me mostra todos os dias o quanto
Pensas nos outros e menos em ti
E que disso sempre fizeste,fazes e farás
Do mundo um carrossel
De criança, onde brincarás sempre
E sempre, com quem quiseres.
Violante Grilo
Publicado em 6 de Setembro de 2012