Tão longe no absurdo
Quando alguém vai, como eu, tão longe no absurdo
palavras tornam-se de novo interessantes:
Algo soterrado
que se revolve com pá de arqueólogo:
A pequena palavra tu
talvez miçanga
que um dia enfeitara um pescoço
A grande palavra eu
talvez quartzo em lasca
com que um sem-dentes qualquer desfiara sua carne
dura.
Gunnar Ekelöf , trad. Ricardo Domeneck, em colaboração com Pontus Ahlkvist
Publicado em 12 de Outubro de 2012