Sentou-se, certa vez, no coração de Henry algo tão pesado, que se tivesse cem anos & mais, & aos prantos, insone, por todo esse tempo Henry não poderia tornar o Bem. Recomeça e sempre em seus ouvidos, a pequena tosse em algum lugar, um odor, um badalo. E há outra coisa que ele tem em mente como um grave rosto de Siena, milenar não conseguiria borrar sua censura quieta e perfilada. Horrendo, olhos abertos, ele atenta, cego. Todos os sinos dizem: tarde demais. Isto não se pranteia: pensar. Mas nunca Henry, conforme pensara, dá cabo de alguém e esquarteja seu corpo e esconde os bocados onde possam encontrá-la. Ele sabe: verificou a todos, & ninguém está desaparecido. Com frequência, ao amanhecer, ele faz as contas. Ninguém nunca está desaparecido. John Berryman, trad. Ismar Tirelli Neto