Que fique pelo menos um homem sozinho num bar deserto pensando em nada de especial e curtindo pessoas atarefadas que passam. Que a ele pelo menos aquilo tudo — a pressa das tarefas e os carros — pareça uma paisagem vazia e até certo ponto sem cabimento. Que esse homem sentado, soterrado talvez em decepções amargas, se oriente para ouvir a canção além dos passos e além de sua própria pessoa que assim no delírio urbano ressoa sem função social senão deixar que a boca filosofe assobiando e o ouvido obediente perceba. Leonardo Fróes