Em Janeiro canso-me de mim e do frio. Não sou o único, bem sei das empatias feitas no olhar (algumas até me são simpáticas, confesso). Em Janeiro, esse trinta e um, não me canso das escadas pelo menos para já servem sempre para subir para descer e para sentar, descascando autocolantes pouco exemplares de livros sempre raros, este um exemplo de poder, pudor e compra. Janeiro pode ser quase perfeito, o Tejo tem uma imensa neblina como teve em Dezembro e terá, assim acredito, em Fevereiro. E o rio tem também água, sempre muita, e alguns bravos remadores e pescadores de rolas, inesperada gente amável. Janeiro é tão real como qualquer mês que se preze ou não, e Em Janeiro perco-me e encontro-me (como em Agosto, Germinalou Brumário) nas ruas da cidade e do campo, nas páginas de um livro que não percebo e não largo, como tanto do que não entendo e nunca será arrumado. Em Janeiro, como sempre ou quase, pergunto calado sei bem porquê, Onde está o Wally? Rui A.