Voltando ao medo: as asas prendem mais do que libertam; os pássaros percorrem necessariamente os mesmos caminhos no espaço, sem possibilidades de variação que não estejam certas com esse mesmo voo que sempre descrevem. Voltando ao medo: o poema desenha uma elipse em redor da tua voz e cerca-se de angústia e ervas bravias — nada mais pode fazer. Luis Filipe Castro Mendes