Eram cantos e encantos em mares nunca Antes navegados, cegos de luz e imagem Eram tempos perdidos e oceânicos Tempos de sapatos de velas Tempos de outras fivelas e arruelas Tempos de menos ilhas tempos de ter tempo De jogar às escondidas tempo de encontro No fundo de um poço que era outro poço Onde se encontravam sapos ou não sei Se era mesmo assim ou são estes tempos agora que Fazem de mim O que sou Mas eram cantos e encantos tantos e tanto Faz se eram tempos de vida ou tempos sonhados Eram tempos de perguntas que esperavam resposta E se alcatifavam na alma e tão bem que a cantavam Mesmo se não sabiam Nesse canto em que eram E estavam Rui A.