O Atalante – Jean Vigo (1934)
(gentileza refrescante de anónimo encartado)
No dia em que fomos ver O Atalante
Eu levava, por coincidência, um cubo de gelo
no bolso do casaco. Lembro-me de tremer
um pouco. Até aí, tudo bem. Pior,
foi quando te ouvi pronunciar, distintamente:
quem procura o seu amor debaixo de água,
acaba constipado.
Na altura, ri-me: pensei que falavas do filme.
Sou tão estúpido.
José Miguel Silva
Publicado em 2 de Junho de 2013