Afasto, devagar, dos ombros da manhã, a lonjura de cera implícita nos meus passos como um aviso de asas. Já não podem tardar os dedos que sufocam o medo nos degraus da noite, contos de fada vidrados nos meus pulsos, ângulo ou curva De ternuras ausentes, sinal anterior a qualquer contradição. Sou, por instantes, um sossegado insecto na flor dos lábios. Graça Pires