Eu quero escrever-te nos tons mais claros E com todas as cores do teu colar branco Com a selvagem ternura dos anos muito verdes Com o muito azul dos tempos sossegados Eu quero escrever-te imenso de facto não sei como E não sei se importa mesmo ou se te importa o como E a forma do dizer das coisas Eu quero escrever-te muito e preciso Sei que estás à porta mas és tu que chegas sempre E em ti me encontro quase matematicamente nos tons mais claros de brincar o branco E em muitas palavras te digo que és linda Com todas as cores de um colar branco Rui A.