No baraço silencioso dos perigos não se reconhece a morte é inútil recuar perante a sombra a morte é de nós aquele que não tem sombra Não temas os vultos não ensombres os dedos na decifração dos agouros os mortos só enterram os seus mortos devias saber Melhor é correr de encontro ao cão que mudo nos espera ao fundo das ruas e saudá-lo como se faz a um amigo e abraçá-lo como se fossemos loucos José Tolentino Mendonça