Então eu fui. Uma tarde subi Aquela colina íngreme e rochosa, Parando para descansar e admirar uma flor silvestre E a vista do lago No vale lá em baixo. Teria gostado de uma cabra por companhia. Uma preta e branca, com um sino Para ir à frente, pastar um pouco e romper O silêncio quando este retoma sua ascensão Até onde uma árvore escura e silenciosa está Esperando todos estes anos que alguém Se sente à sua sombra, em calma consigo mesmo. Até o vento está sempre a inventar Joguinhos para as suas folhas brincarem, Sem pressa agora de perturbar a paz. Charles Simic, trad. João Luís Barreto Guimarães