A rosa, a imarscescível rosa que não canto, a que é peso e fragrância, a do negro jardim na alta noite, a de qualquer jardim e qualquer tarde, a rosa que ressurge da mais ténue cinza pela arte da alquimia, a rosa de Ariosto ou a dos Persas, a que está sempre só, aquela que é sempre a rosa das rosas, a jovem flor platónica, a ardente e cega rosa que não canto, a rosa inatingível. Jorge Luís Borges