Estas letras serão sempre tuas mesmo que as não vejas, estas letras são tuas, por mais que as vejas E serão sempre poucas estas letras, mesmo que as poise como poiso em teu sossego E por tantas que sejam estas letras são e serão poucas, sempre poucas (são de facto poucas, estas letras, mais que poucas são pequenas, para o teu tamanho não pequeno, pequenina). Poucas de poucas, quase breves mesmo se completas e pouco e de pouco valem, estas letras, e as palavras feitas nestas letras, mas sabes bem que é esta entre tantas outras a maneira e a forma e o cuidado e o som rasgado que sempre deste e recebeste Mas quem como tu sempre soube viver do pouco como se o pouco fosse tudo (num segundo concentrado o sabor do mundo) sabe bem, como soube Gedeão que o fim do mundo é mais que três mil anos; e repousa o fim do mundo no fim que pode haver em qualquer um de nós. nos nós dos nós dos nós de nós No fim, e como sempre, meu bem, nada como a festa, e as festas sempre nossas. Num tempo que é nosso e que é festa. Para lá dos tempos Rui A.