Gatos não morrem de verdade: eles apenas se reintegram no ronronar da eternidade. Gatos jamais morrem de fato: suas almas saem de fininho atrás de alguma alma de rato. Gatos não morrem: sua fictícia morte não passa de uma forma mais refinada de preguiça. Gatos não morrem: rumo a um nível mais alto é que eles, galho a galho, sobem numa árvore invisível. Gatos não morrem: mais preciso - se somem - é dizer que foram rasgar sofás no paraíso e dormirão lá, depois do ônus de sete bem vividas vidas, seus sete merecidos sonos. Nelson Archer