Alguém te sopra como se fosses um dente-de-leão. Nua, flutuas no escuro e não sabes – o que é escuridão, ou luz, ou tu, ou existência. E no entanto as sementes dançam à tua volta, filamentos a caminho do nada. Talvez um caia em terra fofa. A probabilidade de germinar é extraordinariamente pequena, mas tudo flutua. Tudo junto és tu. Ingmar Heytze, trad. Maria Leonor Raven-Gomes