Era um indivíduo com o seu quê de indiferenciado e passava pelo tempo quase e quase sem querer (tudo era quase, e demasiado, naquela espécie de homem com dois pés) Escrevia pouco e mais que o que lhe era necessário, sempre nos vãos do mundo Lia um quinhão a léguas do que queria e chamava-se Arnaldo, apenas, ou qualquer coisa de próximo na distância de um nome próprio sempre longe de ser primeiro (como Abel, Acácio, Aníbal, Afonso, ou um Alcácer qualquer). Foi sempre ser pouco exclamativo, e é desconhecida de muitos (quase todos) qualquer exuberância entre as que teve (feitas as contas, dirão alguns dos que cruzou, pouco se perdeu). E ninguém soube nunca dos tempos dos selos do Vaticano e de Magyar Posta (que bonitos eram estes), com que coloriu corredores imensos nos tempos em que eram imensos os tempos e os corredores . Pelo meio, muita espécie de partidas depressões várias e cada vez menos cartas. Arnaldo era cheio e farto de consequências (espécie rara e pouco suada de Alberto), e não se despediu nunca de ninguém, nem quando nem como - talvez lhe faltasse (breve e curta hipótese) sítio de partir. Quanto aos selos, desconhece-se hoje onde param e se inteiros, e pouco se sabe ainda do tanto que prometera em jovem Talentos para bicicletas que soubesse não teve nunca. E disso guardou, entre pechinchas várias, alguma pena. Bem se vê que havia todo um mundo que se abria Rui A.