O sol no zênite sustém a balança do dia. O céu se concede às águas embaixo. Com olhos ajuizados as bestas na travessia Observam sem medo suas sombras no leito. A folhagem se arca profundamente na direção de toda uma lenda. Nada, do que é, tenta ser diferente. Somente meu sangue grita pelos campos atrás de sua infância longínqua, como um velho cervo atrás de sua corça perdida na morte. Talvez tenha perecido sob os rochedos. Talvez tenha mergulhado na terra. Em vão espero notícias suas, somente ressoam as cavernas, riachos buscam as profundezas. Sangue sem resposta, ah, houvesse silêncio, quão bem se ouviria a corça calcando a morte. Ainda mais longe cambaleio pela trilha — e, como um assassino que sela com um lenço uma boca vencida, fecho com o punho todas as fontes. Que se calem para sempre para sempre. Lucian Blaga