Perder
Perder tudo ao jogo das ofensas,
ser ravina, antiga noiva dos céus.
Ter o mal à mão, a foice no sangue,
a gárgula que o auge dissesse
a nenhuma divindade: sub-
trair o nada ao nada, subsistir,
buscar razia e razão, acreditar: hoje
menos que ontem, amanhã
menos que hoje…
Rui Baião
Publicado em 15 de Outubro de 2014