Nada importa, dizem-te pela manhã: E tu (vês-te obrigado) duvidas destas palavras todo o dia. Resiste, entretém os peixes, canta-lhes em voz alta sobre a ponte... Os momentos de alegria quase te envergonham: As distâncias convenientes, relações de altura e profundidade, os invernos curtos, vento em conta para os moínhos - e um tempo longo coberto de ornamentos de ferro! (Os livros de Lógica estão gastos pelas mãos e pelo suor!) Alguém que ouve mal embriaga-se de palavras: o futuro pertence apenas aos helicópteros silenciosos, capazes de aterrar na palma da mão. (Haverá palma da mão?) E continua em sonhos a separar-se o comestível do que não presta. Sim, chegam-nos plantas cheias de entusiasmo. Mas não é por isso que a folha artificial é menos verde. Assim os incrédulos valorizam a fé. Os infalíveis esperam ser salvos pelos nossos erros. Os vivos sabem que tudo importa desde manhã. Ivan Laučik