Chuvas silenciosas verdes desabaram nas cinzas e nas frágeis construções das Tuas criaturas e inundaram-nas com alimentos. O eco da primeira explosão está presente no brilho, na angústia das grutas, e ressoa nas nossas memórias. Interior revelado do dilúvio: os olhos abertos para a fragilidade das formações de neve! Plantas glaciares que vivem no vento. Trazemo-las dentro de nós à noite, no inverno. A visão das formosas colunas, da luz vertiginosa nos cumes rochosos no interior das cavernas. Foi apenas tremor? Vidro tocando o olho: limpando o olhar. E sempre em frente da crina nevada das montanhas. Cabelos esvoaçantes (incendiados da nuca até ao rosto) como um pólen selvagem na memória do fogo. Oh, fulgor das plantas distantes, captado por uma película interior! A erva acesa nas colinas, os que atearam o fogo fugiram pelos jardins. Quem conta isto segreda-nos de perto: O que é aqui alimento? Ivan Laučik