Fui procurar-te para ser contigo quanto colhi das horas que invadias. Colhi da própria dor um nome antigo que fosse o nome exacto em que virias. Da límpida substância dos teus risos fui-te inventando dentro dos meus braços e os sóis mais densos puros e precisos vieram dar-me a sombra dos teus passos. E já não eram meus senão de erguê-los, a tua face e os lábios e os cabelos e o teu olhar para ninguém voltado. Mas quem, o pleno amor de que nascias se o deus que a ti igual encontrarias ficou, pelo teu olhar, desabitado? Vítor Matos e Sá