Pois estas coisas de não te amar muito nem pouco há que as saber aceitar com o calor que nos resta Os dias são frios, ambos sabemos E a bela realidade de ser amigos e sermos, não a desaproveitemos. Nas linhas que temos, acho que é uma forma amável de ser doce e podemos tê-la ainda e sempre Destas coisas de não te amar muito nem pouco Guarda os momentos sinceros que tivemos e teremos Nunca te quis enganar e a honestidade, a honestidade é um bem maior que qualquer mágoa (soa bem, não soa?) E se acaso estás triste e meio zangada não te zangues comigo, se puderes. Nunca te quis magoar mas peço as desculpas que quiseres - sempre soubemos ser para lá do orgulho Olha, menina, há pontes ainda e ainda há remos, e a vida é assim mesmo, mãe madrasta e filha. E o passado, o passado faz-se Todos os dias Além disto, não tão pouco como sabes fortemente (e tão forte és tu sempre ou quase sempre), Algum desportivismo só nos faz bem e fez bem sempre. Se um dia emigrar (não creio, que a juventude se tornou forma de estar) não rasgues os meus postais, destampa os selos Que isto não é só estar aqui E não te zangues, menina – e não só comigo (por vezes sou meio estupor, bem sei, e por culpa também minha, mas) Tantas vezes nos recuperamos nas partes de nós que perdemos. Soa bem, não soa? Calo-me, agora, por fim. Da história, que é longa, falem os historiadores. Rui A.