Somos o que somos
Somos o que somos.
Uma caravela retórica
ou os noivos coibidos de fazer amor,
o verão onde os ciganos se aquecem
e os homens coxeiam conforme as raças,
os joelhos e as coxas torneadas
dos artistas e dos visitantes
dos ritos religiosos,
as crianças que brincam nas lixeiras
controladas pelas forças policiais.
Somos o que somos:
um destino a escassas dezenas de metros do mar.
Fernando Alves dos Santos
Publicado em 1 de Fevereiro de 2015