Não perguntes quem tu és e quem eu sou e porque tudo é. Deixa os professores tratarem disso, pois são pagos. Põe a balança da casa sobre a mesa e deixa a realidade pesar-se. Põe o casaco. Apaga a luz da entrada. Fecha a porta. Que os mortos embalsamem os mortos. Estamos a andar aqui, agora. O que usa botas de borracha brancas és tu. O que usa botas de borracha pretas sou eu. E a chuva que cai sobre nós ambos é a chuva. Werner Aspenström, trad. Vasco Graça Moura