Está tudo conformado Ao triste proprietário. Mecânicas ovelhas, na erva de plástico, têm pastor de pilhas e cão pré-fabricado. Flores marginam esse Às peças-soltas prado. Elétricas abelhas, obreiras sem contrato, daquele herbário extraem um mel supermercado. A malhada, no estábulo, Quase manga de alpaca (é A VACA, sabias?), dá leite engarrafado. No céu (para colorir) A nuvem, pontual, Aguarda a vez de ser Chovida no nabal, enquanto o Sol dardeja na eira proverbial. Já tudo afeiçoado Ao bom do proprietário (ervas, bichos, moral), Ele conta com os seus e espera sempre em Deus. (“—Deste corda ao pardal?”) Alexandre O´Neill