Sonho que o universo é uma flor de veneno presa na garrafa verde do infinito e que há uma boca de riso sereno a buscar o choro no incêndio dum grito. Despenha-me a chuva doce da ambição que embriaga a flor com um húmus alcoólico, e o veneno ácido rompe, sem perdão, o muro de vidro chãmente diabólico. A cascata tomba nessa boca impávida cheia de beber a secura do riso, e dos olhos cai, para a garganta ávida, a primeira lágrima dum vão paraíso! Alexandre Pinheiro Torres