Chamei, chamei como náufraga ditosa as ondas verdugas que conhecem o verdadeiro nome da morte Chamei o vento confiei-lhe o meu desejo de ser Mas um pássaro morto voa até a desesperança em meio à música quando bruxas e flores cortam a mão da bruma. Um pássaro morto chamado azul. Não é solidão com asas, é o silêncio da prisioneira, é a mudez de pássaros e vento, é o mundo irritado com meu riso ou os guardiões do inferno rompendo minhas cartas. Tenho chamado, tenho chamado Tenho chamado até nunca. Alejandra Pizarnik