Em círculo, Estão os círios e as candeias, Nas aldeias de novembro elas também estão Em círculo, As mães que fecham a escuridão. Às vezes a neve cai sobre as palavras que Os anjos aprenderam no bosque nocturno e Então abre-se como um livro a casa de luzes Vermelhas, Acendendo, num porto antigo, os olhos Profundos do abismo e da desolação. Rezamos em silêncio e os sinos dobram e Na curva da colina Já se avista o cortejo da música. Não podemos entrar. Não há lugar aqui para as rosas do pai, Inúteis, magoadas pelo furor das nossas mãos. A mortalha arrefece. Arrefecem longamente as estrelas que um Dia vi sobre os jardins. Sem regresso Estão os cisnes parados, quando a neve cai. José Agostinho Baptista