Do que resta
Não saberei nunca dizer do tamanho
do que resta.
Nem quero.
Melhor e sábio será seria nem pensar nisso, nos dias de hoje
(como de resto nos de ontem)
é perigoso pensar a espuma
A memória é como um corsário bandeira anarca,
e nunca se soube que houvesse corsário complacente
com os poderes, dos mais justos aos inconvenientes.
Sei dizer, do que resta, que é muito, e tanto,
que mais vale, ainda e sempre,
quando se estende
ao mar.
Resta o que fica,
e assim seja.
São interessantes, os humanos,
esses peixes
Rui A.
Publicado em 1 de Maio de 2015